quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

POESIA: COM TODO O MEU AMOR - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)*



Foto: Gaivotas




COM TODO O MEU AMOR



VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




Tortas linhas, bem sabes
o arco descrito pelas gaivotas
quando amam.
Entretanto, não penses
que elas são amenas. Apenas,
entre as espumas e as ondas encrespadas, burlam. Destemidas, plainam.
E brincando ficam. Não às tontas.


No alinhamento das águas, o voo é certeiro!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: CHARLES BERNSTEIN (U.S.A.)*



Foto: O poeta Charles Bernstein (U.S.A.)


DE"PARSING" (1976)


CHARLES BERNSTEIN (U.S.A.)


Tradução: Régis Bonvicino



was pealing an apricot
was pealing an american
was pealing a jug, sitting,
setting, the apricot
was pealing a fig
was pealing,
very sorrowful, she said,
in itself
was standing
was luminous
was a kirelian photoilumination
was beautiful
"it's more than that, than anything," ___ explained joyfully
& sat down
head bare,
& more than it
does not change
though its patterns
vary, recur
in illuminations
or occlusions, amid a
field, grid
the mind is
as
jug, fig, luminous
was aztec
was sock
was misplaced
hence polyhedron, figment,
lemon, limit
vagrancy
was a sign
was painted
was glassy
& slliped in it
Charles Bernstein
repicava um damasco
repicava um americano
repicava um jarro, sentando,
assentando, o damasco
repicava um figo
repicando,
com pesar, ela disse,
em si
estava de pé
estava luminoso
era uma fotoiluminação kireliana
estava lindo
"é mais do que isso, do que qualquer coisa" ___ explicou feliz
& sentou
cabeça nua
& mais do que isso
não muda
embora seus padrões
variem, recorrentes
em iluminação
e oclusão, em meio
ao campo, grade
a mente é
como
um jarro, figo, luminoso
era asteca
tipo soquete
estava perdida
daqui, poliedro, figmento,
limão, limite
ao acaso
era um signo
estava pintado
era vítreo
& esvaiu-se em si

In: http://regisbonvicino.com.br/catrel.asp?c=12&t=207







*CHARLES BERNSTEIN:Nasceu em Nova Iorque há 4 de abril de 1950. É um poeta, crítico, editor e professor. É um dos mais importantes membros da poesia contemporânea americana.



Go ahead, don't read any poetry.

You won't be able to understand it anyway:
the best stuff is all over your head.

And there aren't even any commercials to liven up the action.

Anyway, you'll end up with a headache trying to figure out
what the poems are saying because they are saying
NOTHING.

Who needs that.

Better go to the movies.


Vá em frente, não leia qualquer poesia.

Você não será capaz de compreendê-la de qualquer maneira:
a melhor coisa é tudo sobre sua cabeça.

E não há mesmo qualquer comerciais para animar a ação.

Enfim, você vai acabar com uma dor de cabeça tentando descobrir
o que os poemas estão dizendo, porque eles não estão dizendo
NADA.

Quem precisa disso.

Melhor ir ao cinema.

domingo, 26 de dezembro de 2010

NOTA DE FALECIMENTO: JORGE ABEL DARDICK (ARGENTINA)*




Foto: JORGE ABEL DARDICK (ARGENTINA)






O ENLACE-MPME:MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO(BRASIL) e o T.A.A.R. (ARGENTINA)informam a todos os amigos do falecimento do Srº JORGE ABEL DARDICK, em 25/12/2010, às 18:35, em Buenos Aires, Argentina.
A Srª SILVIA AIDA CATALÁN e a família Dardick agradecem as notas de condolescência e de solidariedade.

Que as nossas orações alcancem a misericórdia do Senhor no Altíssimo e elevem a alma desse amigo e companheiro de tantas jornadas e lutas em prol da Interculturalidade dos povos.
E saibam todos que somos mais que vencedores... Somos àqueles que sonham com a possibilidade... E seguem... No Amor e na Paz!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

DENÚNCIA: VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS E INVERDADES

ALERTA!!!! CIBEPIRATARIA!!!!!





O ENLACE-MPME:MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO, o T.A.A.R. e VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES alertam e denunciam a violação de seus direitos autorais e inverdades comerciais, que não vendem e nem autorizaram ninguém a vender suas obras e nem obras de discentes em aulas de Língua Portuguesa, em cds e em formato wav-audio e mp3 conforme anunciado no google pelos abaixos denominados:


AO LONGE OS BARCOS DE FLORES POESIA PORTUGUESA DO SECULO XX-INC
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES-T.A.A.R -"ALAS ROTAS-ALITAS DE ... Em aula de Língua Portuguesa e Artes por Vanda Salles) ..... Las obras están totalmente ...
www.dewebmasters.com/.../ao-longe-os-barcos-de-flores-poesia-portuguesa-do-seculo-xx-inc-luye-2-cds/ - http://www.dewebmasters.com/64056/ao-longe-os-barcos-de-flores-poesia-portuguesa-do-seculo-xx-inc-luye-2-cds/
PROF. VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES-T.A.A.R -"ALAS ROTAS-ALITAS DE ...
Em aula de Língua Portuguesa e Artes por Vanda Salles) ..... Las obras están totalmente digitalizadas en Cd's con formato wav-audio y mp3 y están ... 4-El encuentro contará con una mesa de venta de libros 2 horas cada día. ... No incluye bebidas alcohólicas.) Apertura: 14:30 hs. Show de poesía: "Lecturas sobre el ...

Afirmamos: somente o ENLACE-MPME:MUSEU PÓS-MODERNO DE EDUCAÇÃO possui autorização para venda de produtos de minha autoria e que levem o meu nome.

Em tempo oportuno, tomaremos medidas cabíveis.



Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2010


Vanda Lúcia da Costa Salles
Fundadora e Diretora Geral do ENLACE-MPME:MUSEU PÓS MODERNO DE EDUCAÇÃO
Com Reg. no INPI (BRASIL)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: ÉTICA - LUÍS QUINTAIS (ANGOLA/PORTUGAL)*



Foto: O poeta Luís Quintais (Portugal)


Ética

LUÍS QUINTAIS


Vou falhando as pequenas coisas
que me são solicitadas.
Sentindo que as ciladas
se acumulam cada vez que falo.
Preferi hoje o silêncio.
A ausência de equívocos
não é partilhável.
No inegociável deste dia,
destituo-me de palavras.
O silêncio não se recomenda.
Deixa-nos demasiado sós,
visitados pelo pensamento.


(in «Lamento»,de Luís Quintais, 1999)


* LUÍS QUINTAIS: nasceu em 1968 em Angola. É antropólogo social de profissão, leccionando presentemente no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Nesta qualidade, desenvolveu investigação de arquivo e de terreno sobre o exercício e as implicações públicas e forenses da psiquiatria. Trabalha actualmente sobre as relações entre arte, ciência e cognição.

OBRA POÉTICA:

A Imprecisa Melancolia, Editorial Teorema, Lisboa, 1995
Lamento, Edições Cotovia, Lisboa, 1999
Umbria, Pedra Formosa Edições, Guimarães, 1999
Verso Antigo, Edições Cotovia, Lisboa, 2001
Angst, Edições Cotovia, Lisboa, 2002
Duelo, Edições Cotovia, Lisboa, 2004
Canto Onde, Edições Cotovia, Lisboa, 2006
Mais Espesso Que A Água, Edições Cotovia, Lisboa, 2008

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

POESIA: VISLUMBRE - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES(BRASIL)



Foto: Copenhagen



VISLUMBRE


VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)



Esse rastro no caminho,
encaminha
todo o sentido e o querer
revê-la,
num vislumbre... De uma gota de lágrima!



INSIGHT

VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)


Dette spor på vej,
fremad
fornuft og vilje
revidere den,
et glimt ... En dråbe tåre!

sábado, 18 de dezembro de 2010

POESIA- FELIZ ANIVERSÁRIO, SILVIA AIDA! - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES(BRASIL)




Acordei com essas imagens todas, na mente
flores iguais,
diferentes,
repletas de coloridos ímpar
ou de profundo carmim... Assim!






Orquídeas sensíveis,
preferidas como alguém que a gente aguarda vir,
leves,
na melodia das aves... Aqui!






E esta sem pôr e nem querer, se fez
de rogada, só
para agraciar carícias e beijos... Como requer o encanto!







Ah,orquídeas de nossos deleites!
Que a brisa leve invade a face, disfarce
do dia
E essa alegria Deusa,
nos contagie... E abra a luz resplandescente!






E de nossos olhos tão radiante, penetre
o Sonho que a vida quer, avidamente
nos faça crer







Orquídeas várias, todas
de coração.Ardorosas, afáveis
que nem as rosas
já em botão...






Seja essa flor,não mais amada
que a golondrina
em seu voo lépido...





Livres crianças, parecerão estas
no entanto,
apenas querem a Liberdade que nos adere...







Begonias lindas, amáveis, brejeiras,
em seus disfarces flores
Ah, doce encanto! Acordes raros para o que é amor!






E esta irmã deslumbrante,
faceira rege o pranto
de quem esquecido da vida
Eternizado ficou... No prazer de viver!






Na liberdade do sentir, desejou-se
infidáveis momentos,
lentos,
como as minúsculas ramagem, cativa
no bico de um colibri







Amarilis, amarilis, quantas saudades no peito
atreve-se em silêncio
( jurando ser um segredo)
exaltar a ternura... Desse singular jardim!








E se guardei esta Vitória-Régia de encontro ao peito,
firmei com laços de zelo
e acalanto em flor... Para você tão somente,
Ó brinco-de-princesa!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

HOMENAGEM EDUCACIONAL: XEICA MOZAH BINT NASSER AL MISSED (CATAR)



Foto: Xeica Mozah Bint Nasser Al Missed (Catar)-



* A partir de 2011 serão concedidos US$ 500 mil para responsáveis por políticas educacionais que sirvam de modelo em escala mundial.




EDUCAÇÃO: A FLOR NO DESERTO PLANETÁRIO



No deserto planetário
a vida elevou-se
para além dos poros das areias petrificadas e dos
mórbidos silêncios perfilados.
Uma voz sementeou-se
com pensamento,
coração
e palavras...Ensinar Catar a vida,
não é
deflagar bandeiras,
nem assinalar as pedras,
nem mesmo ficar sorrindo a insetos
que voam flácidos.


Ser flor,
no deserto planetário,
é ousar
acabar com a impunidade para ataques contra a educação
e a dignidade humana

domingo, 12 de dezembro de 2010

POESIAS: SILVIA AIDA CATALÁN (ARGENTINA)




Foto: a poeta Silvia Aida Catalán, en Buenos Aires, Argentina






Sueños Lejanos




Siendo uno nuestro amor,

como no perecer cada vez que

por sendas diferentes partimos

simulando sonrisas no sentidas.

Como borrar de nuestra despedida,

huellas de ojos húmedos
,
surcos de gestos contenidos,

si el dolor deja su herida

marcándonos el rostro,

el corazón, el alma.

Destinos....

dicen por ahí,

¿Yo?...

¡Yo digo amores!

Intensos amores vividos,

en tiempos no correspondidos.

Pero, así Amor,

mientras te regalo una estrella

mi sonrisa y estas palabras sentidas,

de Ti,

lo recibo todo

de lo demás. nada importa.

Mas cuando llegue el ocaso,

el último de nuestros días,

desde donde te encuentres

podrás contemplar mi estrella
y a mi,
me han de quedar los recuerdos
celosamente guardados
en tu libro de Machado
que con fuerza oprimiré

en mi pecho desolado.

Y aunque

mundos diferentes nos separen,

aunque nidos distintos nos cobijen,

el AMOR,

habitante secreto en este ocaso,

será presente sigiloso….

como tu libro y mi estrella




Autor: Silvia Aida Catalán
Libro: Caricias Para Mi Sombra
Argentina










Sólo Para ti


Tu tristeza
génesis del surco en mi boca.
Atávico manto, velado
a hilos dorados del poniente.

Tornasol sellando intersticios
del núcleo a tus celdas.
Redimida dermis concedida soy,
en tus planicies de terciopelo y mieles.

Tú, médula.

En el sortilegio amoroso,
en la fusión del sol y la luna.
Sacramento divino del eclipse,
en los hieráticos de la Creación.

Tú, mi siembra de pan.
Copa que bebo nombrándote,
eterna espera, dicha inconstante,
fuego candente en la grieta.

Más allá del viento y la ausencia…
Aquí y en los polos del mundo
en infinita eucaristía de cuerpo y alma:
Permaneces, permanezco.
¡Tú, mi Yo!

Silvia Aida Catalán
Argentina- Buenos Aires








A pesar del silencio: Somos
A Gabriela y Diego ( mis hijos)



A pesar del tiempo
son los ojos oblicuos del sauce, quienes
adoran tu cadencia y te esperan

No es el reloj de arenas
el que ha de marcar el regreso, ni nada y
acaso, las lunas que escribieron tu partida

Es el beso apasionado
del agua a las orillas quien trae tu rumor, desde
todas las mareas y persiste en mis márgenes.

Y a pesar del silencio
grito desde lo absoluto a la inmensidad, y te
sustento herido amor al borde del abismo.

Allende somos pues lava y ceniza
erosión y fuego perenne somos, asidos…
con los sentidos fijos en las cortinas del tiempo.

Detrás del aullido hostigas
esbozado entre la niebla y la hendedura, donde
asoma tu luz por los agujeros mismos del barranco.




Autor: Silvia Aida Catalán-
Libro Obertura- 11/XI/2009

sábado, 11 de dezembro de 2010

POESIA: SOL - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)



Foto: Pintura de Matisse


SOL


VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




Encendeia-te dessa luz que afaga meu ser
de prazer
e desdobre esse avesso pra ser
consequência de um ato de amor
explendor lânguido de mãos,
rodopiante pião,
amarelo-limão, e
agasalhos de pétalas espalhadas
no tempo que em mim
exaspera um quê desse querer
estrondosa maré sei que só é
pra você
a ilusão de retinas admiradas
ante a verdadeira visão
que acaricia-nos em luz... E a vida a nos atravessar tão solta,
volúpia & prazer no viver
tal esse verão que principia
além dos aros de nossos aneis...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

POESIA: A CRIANÇA DE VAN GOGH - VANDA LÚCIA DA GOSTA SALLES (BRASIL)




Foto: O Escolar - Pintura de Vincent Van Gogh



A CRIANÇA DE VAN GOGH



VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES(BRASIL)




Você sabe onde?
Ninguém viu.
Ninguém nunca vê.



A criança de Van Gogh
não é um escolar, simplesmente
ou
pincéis e tintas... Como querem alguns rídiculos e críticos azedos.
É ela, um fruto a desabrochar no porvir
do gosto escondindo num caramelo afim



É mais que a merenda e a sacola infantil,
é quase um quê,
de leveza
no emocionado coração de poeta
que chora,
petrificando o momento,
no âmago de sua dor.


No olhar do menino poeta,
o olhar que contempla a imensidão da beleza,
eternizada,
na própria beleza do olhar que a vê.






NIÑO DE VAN GOGH



VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES(BRASIL)




¿Sabes dónde?
Nadie lo vio.
Nadie ve.



El hijo de Van Gogh
no es una escuela, simplemente
o
pinceles y pinturas ... Como algunos críticos ridículo y amargo.
¿Es una fruta a florecer en el futuro
escondido en un sabor de caramelo similar



Es más que un almuerzo y el niño
Lo que es casi una parte,
ligereza
el corazón emocional de un poeta
llorando,
petrificante momento,
en el centro de su dolor.


A los ojos del poeta niño,
la mirada que contempla la inmensidad de la belleza,
eternizado
propia belleza en el ojo que lo ve.


FIGLIO DI VAN GOGH



VANDA LUCIA SALLES DA COSTA(BRASIL)




Sapete dove?
Nessuno ha visto.
Non si vede mai.



Il figlio di Van Gogh
non è una scuola, semplicemente
o
pennelli e colori ... Come alcuni critici ridicolo e aspro.
E 'un frutto a fiorire in futuro
nascosto in un gusto di caramello simile



E 'più che un pranzo al sacco e il bambino
Che è quasi uno,
leggerezza
il cuore emozionale di un poeta
pianto,
pietrificante momento,
al centro del tuo dolore.


Agli occhi del poeta ragazzo,
lo sguardo che contempla l'immensità della bellezza,
eternalized
bellezza per l'occhio che vede.



ENFANT DE VAN GOGH



VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES(BRASIL)



Vous savez où?
Personne n'a vu.
Personne ne voit jamais.



L'enfant de Van Gogh
n'est pas une école, tout simplement
ou
pinceaux et peintures ... Comme certains critiques ridicule et sure.
Est-ce un fruit de s'épanouir dans l'avenir
caché dans un goût de caramel s'apparente



C'est plus d'un sac à lunch et de l'enfant
Ce qui est presque un,
légèreté
le cœur émotionnel d'un poète
pleurer,
pétrifiante moment,
au cœur de votre douleur.


Aux yeux du poète garçon,
le regard qui contemple l'immensité de la beauté,
éternisée
propre beauté dans l'œil qui voit.






KIND VAN VAN GOGH



VANDA LUCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




Weet je waar?
Niemand zag.
Niemand ziet ooit.



Het kind van Van Gogh
is geen school, gewoon
of
penselen en verf ... Zoals sommige critici belachelijk te maken en zuur.
Is het een vrucht tot bloei in de toekomst
verborgen in een karamelsmaak verwant



Het is meer dan een zak lunch en kind
Wat is bijna een,
lichtheid
het emotionele hart van een dichter
huilen,
verstenende moment,
in de kern van je pijn.


In de ogen van de jongen dichter,
de blik die overweegt de onmetelijkheid van schoonheid,
vereeuwigd
eigen schoonheid in het oog dat ziet.





DZIECKA VAN GOGH



VANDA LUCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




Wiesz, gdzie?
Nikt nie widział.
Nikt nie widzi.



Dziecko Van Gogh
nie jest w szkole, po prostu
lub
pędzle i farby ... Ponieważ niektóre kpiny krytyków i kwaśny.
Czy to kwiat owoce w przyszłości
ukryte w smak karmelu podobne



To coś więcej niż worek lunch i dziecka
Co to jest prawie,
lekkość
emocjonalne serce poety
płacz,
Przerażający moment,
w centrum bólu.


W oczach poety chłopca,
wzrok, który rozważa ogrom piękna,
uwiecznił
własnej urody w oku, że widzi.





CHILD OF VAN GOGH



VANDA LUCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




You know where?
Nobody saw.
No one ever sees.



The child of Van Gogh
is not a school, simply
or
brushes and paints ... As some critics ridicule and sour.
Is it a fruit to blossom in the future
hidden in a caramel taste akin



It's more than a bag lunch and child
What is almost one,
lightness
the emotional heart of a poet
crying,
petrifying moment,
at the core of your pain.


In the eyes of the boy poet,
the gaze that contemplates the immensity of beauty,
eternalized
own beauty in the eye that sees it.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: PRIMER AMOR - DIEGO CARLOS GALLO (ARGENTINA)








DIEGO CARLOS GALLO (ARGENTINA)




P R I M E R A M O R

Pequeña, dímelo bajito, al oído.
¿Por qué lágrimas como un velo
Cubren tus ojos celestes cielo?
¿Cuál es la causa de tu pena?
¿Tan triste el motivo ha sido
Que borró tu risa, niña buena?

Pequeña, corazón de caramelo.
¿Por qué en silencio me miras
Mientras muy hondo suspiras?.
¿Qué pudo herir tanto tu alma?
¿Acaso no hallas el consuelo
Que te dé sosiego y calma?


Pequeña niña, retoño tierno.
Nada ocultes, cuéntame todo.
Te aliviará, es el único modo.
No es una excusa cualquiera.
Recuerda: abuelo, es invierno.
Tú... apenas bebes primavera.

Pequeña niña, mi niña buena.
Aunque en principio lo niegas,
Cuando la carta me entregas,
Se enciende tu rostro de rubor.
Porque tú, no lloras una pena.
Lo haces, inundada de amor.





P R I M E I RO A M O R

Pequena, diga-me baixinho ao ouvido.
Por que lágrimas como um véu
Cobrem seus olhos cor do céu?
Qual é a causa de sua dor?
Qual motivo triste
Apagou sua risada, boa menina?

Criança, coração de caramelo.
Por que me olha em silêncio
Enquanto suspiro profundo?.
O que feriu tanto a sua alma?
Acaso não encontras o conforto
Para dar-lhe calma e tranquilidade?


Menina, retorno terno.
Nada a esconder, diz-me tudo.
Aliviá-la, é o único caminho.
Não é nenhuma desculpa.
Lembre-se, vovô, é inverno.
Você ... apenas sorve primavera.

Menina, minha boa menina.
Embora, em princípio, negues,
Quando a carta me entregas,
Se acende seu rosto de rubor.
Porque você, não chora de vergonha.
O faz, inundada de amor.




P R I M E R A M O R

Petita, digues-m'ho baixet, a cau d'orella.
Per què llàgrimes com un vel
Cobreixen teus ulls celestes cel?
Quina és la causa de la teva pena?
Tan trist el motiu ha estat
Que va esborrar el teu riure, nena bona?

Petita, cor de caramel.
Per què en silenci em mires
Mentre molt profund sospires?.
Què va poder ferir tant la teva ànima?
És que no trobes el consol
Que et doni assossec i calma?


Petita nena, plançó tendre.
Res ocultes, explica'm tot.
Et alleujarà, és l'única manera.
No és una excusa qualsevol.
Recorda: avi, és hivern.
Tu ... tot just nadons primavera.

Petita nena, la meva nena bona.
Encara que en principi ho negues,
Quan la carta em lliuraments,
S'encén el teu rostre de rubor.
Perquè tu, no plores una pena.
Ho fas, inundada d'amor.



П Р І М Е Р А М Аб Р

Малы, кажуць, што ціха на вуха.
Чаму слёзы, як вэлюм
Зачыні вочы неба неба?
Што з'яўляецца прычынай болю?
Так чаму было сумна
Вы выдалілі свой смех, добрае дзіця?

Малы сэрца цукеркі.
Чаму глядзяць на мяне моўчкі
Хоць вельмі глыбокі ўздых?.
Што можа пашкодзіць як душы вашай?
Не знайшлі камфорту
Каб даць вам спакойна і ціха?


Маленькая дзяўчынка, Бутон тэндэру.
Няма чаго хаваць, скажы мне ўсё.
Пазбавіць вас, гэта адзіны шлях.
Гэта не які-небудзь апраўданне.
Памятаеце, дзядуля, гэта зімой.
Вы ... толькі піць вясной.

Маленькая дзяўчынка, мая добрая дзяўчынка.
Хоць у прынцыпе гэта адмаўляць,
Калі вы даеце мне ліст,
Святло вашаму асобе флэш.
Для цябе, не плач сораму.
Вы, заліты з любоўю.



P R եմ M E Ռ Ա M O R

Փոքր է, ասում են, որ մեղմորեն իր ականջի.
Ինչու արցունքներ նման քող
Ընդգրկում են ձեր աչքերը, երկնքի երկնքում:
Որն է պատճառը ձեր ցավը:
Այսպիսով, ինչու էր տխուր
Վերացրել եք ձեր ծիծաղը, լավ երեխան:

Փոքր կոնֆետ հոգում.
Ինչու է նայում ինձ անձայն
Իսկ շատ խոր հոգոց:.
Ինչ կարող է վնաս, այնպես էլ քո հոգու մեջ:
Չի գտնում հարմարավետությունը
Տալ ձեզ հանգստություն եւ հանգիստ:


Փոքրիկ աղջիկ, կոկոն քնքուշ.
Ոչինչ չունենք թաքցնելու, ասեք ինձ ամեն ինչ.
Հագեցնել Ձեզ, միակ ճանապարհն է.
Չէ որեւէ արդարացում.
Հիշեք, պապիկիս մոտ, դա ձմեռ.
Դուք ... պարզապես խմել գարնանը.

Փոքրիկ աղջիկ, իմ լավ աղջիկ.
Չնայած սկզբունքորեն մերժում ենք այն,
Երբ եք տալ ինձ նամակ,
Լույսերը ձեր դեմքը կարմրատակել.
Ձեզ համար, մի լաց ամոթ է.
Անեք, ողողված սեր.





*GALLO, Diego Carlos. Nacido Villa Ascasubi (Córdoba). Poeta, escritor, ensayista. Distinguido por UNESCO por su aporte a la Literatura y la Poesía. Miembro del Centro de Investigación, documentación y Asesoramiento Cultural. Miembro del Museo Nacional Itinerante del Tango. Premios Nacionales e Internacionales en Poesía y Cuento Corto.

domingo, 5 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: CANÁRIO-DO-MAR , LUÍS SERGUILHA (PORTUGAL)*




Foto: O poeta Lúis Serguilha (Portugal)



CANÁRIO-DO-MAR




ao GENIAL guitarrista CARLOS PAREDES



O álcool das fábulas faz latejar a inesgotável glande do navio
onde as posses desvairadas das legiões tecem unicamente o regresso agrilhoado das baleias
coleccionadas pelas válvulas mitológicas do horizonte
aqui as redes pequeníssimas das cerejeiras mecânicas expulsam as insustentáveis sombras-alambiques
que ludibriam o fogo inspirador das gôndolas
Furtivamente os pássaros inebriados agasalham-se nas parelhas soníferas dos pomares
onde todos as equivalências das ondas se estilhaçam
como os esquadros sazonados dos pulmões a escorregarem nos projectos assimétricos das crisálidas solares
Os dedais dos astros devastam as armadilhas garatujadas nos figos rudimentares das congeminações
para exaltarem o segredo das raízes assobiadoras entre as lajes estonteantes do alagamento cinematográfico
e as mandíbulas frenéticas respiram o esmo tumefacto da labareda conduzida centralmente
pelas fisionomias aquáticas das guitarras
Os novelos persistentes das águas estreitam a invernia imaculada dos loucos relógios porque a rebentação da claridade dardeja
sossegadamente os favos-bailarinos da memória
O músico está solenemente encurvado na indefinível epopeia
ondulando numa submersão distinta como um ser etéreo na genealogia inquebrantável dum povo
e sobre uma quilha encrespada penteia a suntuosidade do espaço sonoro com o suor nómada da púrpura melancolia
que alinha a muralha reveladora da consciência aos regaços testamenteiros da essência incendiária
O nenúfar arrebatador do património é a generalização excêntrica dum labirinto cadenciado
é a transferência miraculada das indígenas composições
que enxertam as sequências melódicas dos espectros como se a alma fosse um tigre de esferas lucífugas e doces
Os ecos jazzísticos do cavaleiro nobre oferecem os pórticos constelados das borboletas
entre as crinas preciosas das atmosferas pulmonares
aqui os interstícios desatolados das heranças perseguem os sons rutilantes do sangue
que sucumbem felicíssimos nas invenções químicas da rebelde mestria
é neste berço incomparável de movimentos
que as senhas das gaivotas descortinam a insubordinação da música pura
As baladas da transmutação engolem igneamente as cordas transversais do poema
onde as falésias periféricas do coração missionário balanceiam
sobre os bandos acidentais do Tejo
As guitarras intermitentes das águas lançam os teares luminescentes no tropel inumerável das pulsações
que atravessam as biografias infusas das catedrais
que imaginam o esconderijo convulso das açucenas
na invocação cirúrgica do relâmpago
Os mantimentos rastejantes dos astros sobressaltam-se nas plainas guturais dos alpendres porque as ressonâncias dos peixes fotográficos levam o Infante do Mondego até aos astrolábios guerreiros dos pássaros
onde os cântaros das transparências desabrocham as estacas enxugadas dos mensageiros que removem os palatos fendidos dos exílios
O lirismo redemoinhante dos fósseis é conquistado inteiramente
à instabilidade das gargantas do firmamento
onde a reconstituição marítima é um percurso de vórtices devaneadores bordados interminavelmente
pelos zodíacos das populações indecomponíveis
Estes gestos perpétuos na explosão vertical do silêncio canhoneando os crepúsculos contemporâneos das transitórias artérias
como um grito de possibilidades sincopadas a espargir o espólio unívoco das alucinações
As maquilhagens leoninas das orquestras são acolchetadas na circuncisão do paladar dos naufrágios
genialmente inspiradores das descobertas tempestuosas das estrofes civilizacionais
Os sinos vitoriosos dos cafés entrechocam-se cheios de equilíbrios indescritíveis
para congeminarem a vulnerabilidade ática da geografia humana sobre os azulejos listrados das alfândegas
e as árvores imprevistas do coração são marinheiras polinizadas a embutirem as imolações azuis nas arcadas ignoradas do dilúvio
As labaredas clássicas das harpas acrescentam-se aos flecheiros protectores dos rios às hibernações rodopiantes das escarpas aos adubamentos bebedores das teclas solares ao balancé fragmentário das espécies da sede
e as antinomias dos ateliers atlânticos perfilam-se regularmente no guardador efémero das metamorfoses circulares
abotoadas precisamente
pelos odores imprecisos dos temporais cerâmicos
Os fogos organizadores do verbo arquitectam a individualidade das lembranças das trepadeiras
sobre o alimento sibilante das primaveras setentrionais
As flores desabaladas dos inomináveis cometas assemelham-se ao estendal bifurcado das polias anatómicas
que conciliam as maratonas lunares das luzes autoritárias
onde o corvo tacteador das hemisféricas papaias ornamenta as transposições das pálpebras perseguidas
pelos dédalos moleculares dos veneradores de ninfas
São os astros apocalípticos nas mãos estivadoras do guitarrista
é o termóstato estético das vitrines no relento da sedução das persianas ortográficas
como um remador solar no jacto teatral dos mediterrâneos-golfinhos
A ulterioridade das circunferências das tecedeiras o prolongamento da caligrafia dos astros
e os omoplatas descobridores do guitarrista estiram-se ritmados nas sendas dos chãs emigrantes
são as superfícies dos insectos decifradas nos dragoeiros minerais
são as velocidades das pranchas nos travos amontoados
sobre as invasões dos umbigos áulicos
e as tonalidades matinais do vocabulário esculpem-se inocentemente na imutabilidade das ilhargas invasoras
porque os penteados armazenados da tempestade desenrolaram a exiguidade murmurante das sandálias
na evaporação dos utensílios
Os pássaros de revestimentos encruzilhados os crocodilos de úteros rítmicos as borboletas cristalinas do guitarrista mergulham nos écrans indicadores dos vegetais atmosféricos
aconchegados distintamente
à sagacidade descomunal das pupilas que ministram as circulações dos anzóis filamentosos
no cromatismo acústico das intempéries
Numa pirueta de porções informáticas as sombras amadurecidas do trigo propagam-se
entre os espiráculos espontâneos da claridade
onde as projecções dos astros vindimam as reconstruções das cisternas solsticiais
e a verticalidade iniciática do guitarrista já é uma ramagem puramente inflamatória da visão universal
Um país migratório desadorna os sorvedouros dos búzios-pássaros
sobre os perseguidores dos últimos colos de setembro
aqui os sigilos dos lobos cumprem as ressonâncias irregulares do chão sacrificado
pelas incisões clandestinas do mento solar
As narrativas milenares das roldanas patenteiam o andamento altissonante das têmporas
onde a concepção dos luzeiros esteia inexplicavelmente
as bordaduras subterrâneas da madrugada até às combinações das pirâmides das águas proféticas
Cravos vermelhos na concavidade terrestre dos astros partilhados
Cravos vermelhos nas projecções do guitarrista oceânico
onde a difusão dos candeeiros encosta o cio dos barcos à única saída do xaile arquitectónico de dois longos corpos
Os músculos caudalosos da canção são amorosamente flagelados
pelos receptáculos dos gondoleiros e os círculos vigilantes do rio entreabrem-se enfraquecidos
para perderem as cúpulas heróicas do murmúrio
entre os saltadores orbiculares das visitações é o ritual uníssono das cartilagens madrugadoras é a estrutura das dinastias dos possíveis nenúfares a povoar de espirais o grito das cores é a civilização esculpida pela fuselagem esplendorosa dos nómadas
são os sulcos aromáticos dos astros vocabulares a convidarem as sílabas de miosótis
para o estrangulamento das cachoeiras
são os travesseiros bebedores de luzes na ciência da colheita gramatical
Há um guitarrista pioneiro nos hemisférios eólicos transbordando de abelheiras improvisadas
como a consolidação dos desfiladeiros amplificados pela prodigalidade das lâmpadas
como os cisnes obliquamente transformadores
dos auditórios-glaciares
A magia surda das criptas e os acenos das pérgulas resistiram à aprendizagem submarina das calamidades e à inclinação vertiginosa das raízes
para golpearem assiduamente o interior neutralizado das candeias
onde o colóquio tentacular do guitarrista se metamorfoseia no adágio altíssimo das travessias
A metalurgia desafiadora dos astros os presságios feiticeiros dos mares vertebrados e as conchas intermináveis do guitarrista acrescentam-se ao minucioso combate das bibliotecas órbitais
para embalarem as araduras das aves desarrimadas
que rodeiam os gritos derradeiros dos veadores obstinadamente aclimatizados
à movimentação caligráfica dos leões-marinhos
Os solstícios das pedrarias grunhem nos mapas das sementeiras purificadas
pelas hierarquias irreparáveis das planuras
que embranquecem as extremidades esquecidas dos golfos com os idiomas desabrochados da casas
As confluências das fogueiras são auxílios acantonados nas regenerações dos guardadores das vertigens
Os ourives nocturnos das marés abobadadas os ímans secretos dos astros
e as esporas fulgurantes do guitarrista suturam juntamente
as rotações das silhuetas dos visitantes
Os desaguadouros recíprocos das águias os solitários parágrafos dos mondadores e os antelóquios musicais das maças
aceram a infância heráldica das vinhas
As orações sazonais dos embarcadouros enclausuram as lendas ciclónicas dos navegadores
para dilatarem os delineamentos hesitantes das constelações
Os sinónimos árcticos dos veleiros-parábolas as coincidências dos periscópios das torrentes e os meteoros intemporais do guitarrista soldam demoradamente
a curvatura fértil do outono na fidelidade equestre da tempestade
Os caçadores de espelhos eternos emolduram a arqueologia das locomoções no desassossego da notabilidade nas ânforas póstumas dos aluviões
e na eremitagem rebelde do guitarrista onde o tear mutante do oceano restaura a verdadeira morada dos amantes









*LUÍS SERGUILHA nasceu em Vila Nova de Famalicão, Portugal. Poeta e ensaísta, suas obras são: O périplo do cacho (1998), O outro (1999), Lorosa´e - Boca de Sândalo (2001), O externo tatuado da visão (2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações (2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do Vendaval (2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica, no êxtase místico e na violenta condição humana (2008), estes últimos em edições brasileiras. Recebeu em 2000 o Prêmio de Literatura Poeta Júlio Brandão. Participou em vários encontros internacionais de literatura e possui textos publicados em diversas revistas de literatura no Brasil, Espanha e em Portugal, além de outros trabalhos traduzidos em língua espanhola e catalão.

sábado, 4 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: MANOEL DE BARROS (BRASIL)




Foto: Bandeira do Brasil




Foto: o poeta Manoel de Barros (Brasil)






V


Escrever nem uma coisa
Nem outra -
A fim de dizer todas -
Ou, pelo meno, nenhumas.


Assim,
Ao poeta faz bem
Desexplicar-
Tanto quanto escurecer acende os vagalumes.



( In: O Guardador de Águas,MANOEL DE BARROS,3ª ed.,Record, 2003, p.61)




8

Uma chuva é íntima
Se o homem a vê de uma parede umedecida de moscas.
Se aparecem besouros nas folhagens;
Se as lagartixas se fixam nos espelhos;
Se as cigarras se perdem de amor pelas árvores;
E o escuro se umedeça em nosso corpo.


(In: O Guardador de Águas, MANOEL DE BARROS, 3ª ed., Record, 2003, p.47)


VIII


Nas Metamorfoses, em duzentas e quarenta fábulas,
Ovídio mostra seres humanos transformados em
pedras, vegetais, bichos, coisas.
Um novo estágio seria que os entes já transformados
falassem um dialeto coisal, larval, pedral, etc.
Nasceria uma linguagem madruguenta, adâmica,
edênica, inaugural-
Que os poetas aprenderiam - desde que voltassem às
crianças que foram
Às rãs que foram
Às pedras que foram.
Para voltar à infância, os poetas precisariam também de
reaprender a errar a língua.
Mas esse é um convite à ignorância? A enfiar o idioma
nos mosquitos?
Seria uma demência peregrina.


( In: O Guardador de Águas, MANOEL DE BARROS, 3ª ed., Record, 2003, p.64)




*MANOEL DE BARROS: nasceu no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá(MT) em 19 de dezembro de 1916. Mudou-se para Corumbá, onde se fixou de tal forma que chegou a ser considerado corumbaense. Atualmente mora em Campo Grande. É advogado, fazendeiro e poeta. Escreveu seu primeiro poema aos 19 anos, mas sua revelação poética ocorreu aos 13 anos de idade quando ainda estudava no Colégio São José dos Irmãos Maristas, Rio de Janeiro. Autor de várias obras pelas quais recebeu prêmios como o "Prêmio Orlando Dantas" em 1960, conferido pela Academia Brasileira de Letras ao livro "Compêndio para Uso dos Pássaros". Em 1969 recebeu o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pela obra "Gramática Expositiva do Chão" e, em 1997 o "Livro Sobre Nada" recebeu um prêmio de âmbito nacional.



Obras
1937 - Poemas concebidos sem pecado
1942 - Face Imóvel
1956 - Poesia
1960 - Compêndio para Uso dos Pássaros
1966 - Gramática Expositiva do Chão
1974 - Matéria de Poesia
1982 - Arranjos para Assobio
1985 - Livro de Pré Coisas
1989 - O Guardador das Águas
1991 - Concerto a Céu Aberto para Solos de Aves
1993 — O livro das ignorãças

1996 — Livro sobre nada (Ilustrações de Wega Nery)

1998 — Retrato do artista quando coisa (Ilustrações de Millôr Fernandes)

1999 — Exercícios de ser criança

2000 — Ensaios fotográficos

2001 — O fazedor de amanhecer (infantil)

2001 — Poeminhas pescados numa fala de João

2001 — Tratado geral das grandezas do ínfimo (Ilustrações de Martha Barros)

2003 — Memórias inventadas (A infância) (Ilustrações de Martha Barros)

2003 — Cantigas para um passarinho à toa

2004 — Poemas rupestres (Ilustrações de Martha Barros)

2005 — Memórias inventadas II (A segunda infância) (Ilustrações de Martha Barros)

2007 — Memórias inventadas III (A terceira infância) (Ilustrações de Martha Barros)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: SILVIA AIDA CATALÁN (ARGENTINA)





ELEGÍA DE UN NIÑO GUERRERO



SILVIA AIDA CATALÁN (ARGENTINA)


Al vacío caen, lágrimas cual hojas
que al árbol despojan amargos inviernos
transitan cañadas por otras marcadas
en guerras trazadas por adversos signos.


Ay, astros que dieran pronósticos pétreos
al llegar al mundo tu llanto primero
a quien por tibiezas maternas cubiertos
cambiaron por hielo el paisaje postrero.

Meditando al niño por largos caminos
hambriento en albores, sediento lo encuentro.
Mendigando soles que abriguen refugios
mensajero niño, yaciente te encuentro.

En brazos te llevo marcando mis hiellas
pálido sufriente, frágil testimonio de fríos perpetuos
confinada presa por hombres guerreros que parecen ciegos
por ti y tu iguales, lucha y causa despliegan mis alas,
la universal bandera de tus ruegos.


In: Carícias para mi sombra, poesías, El grillo,2004, p.16)



ELEGIA PARA UM MENINO GUERREIRO


SILVIA AIDA CATALÁN(ARGENTINA)



Ao vazio caem , lágrimas qual folhas
que à árvore despojam invernos amargos
eles traficam canhões estreitos para outro marcado
em guerras localizadas por sinais adversos.


Oh, estrelas que deram pressagiam pétreos
ao chegar para o mundo seu primeiro grito
a quem por talheres maternas cobertas
trocaram para gelo a última paisagem.

Meditando o menino por estradas longas
faminto em albores, sedento o percebo.
Mendigando sois que abriguem refúgios
Menino mensageiro, nascente te encontro.

Em braços eu o levo marcando meu hiellas
pálido, sofrido, testemunho frágil de resfriados perpétuos,
presa limitada para homens em guerra que parecem cegos
para você e seu iguais, luta e causa desdobram minhas asas,



( In: Carícias para mi sombra, poesías, El grillo,2004, p.16)





Elégie pour un GUERRERO ENFANT



SILVIA AIDA CATALAN (ARGENTINE)


chute de vide, qui laisse les larmes
que l'arbre bande hivers
Glens passage marqué par d'autres
mappé à côte dans la guerre des signes.


Oh, les étoiles qui donnent des prévisions de pierre
pour atteindre le monde de votre premier cri
tiédeur dont la mère couverts par
changé le paysage par la dernière glaciation.

Méditer l'enfant pour les longs trajets
faim à l'aube, souffrant de la faim le trouver.
semelles mendicité qui abritent les refuges
coursier, je trouve que vous mentir.

En vérifiant mes bras je vais prendre hiellas
souffrances pâle, froide témoin fragile perpétuelle
mis en prison pour lutter contre des hommes qui semblent aveugles
pour vous et vos pairs, les combats et déployée, car mes ailes
le drapeau universel de vos prières.

(Dans: contact Pour mon ombre, la poésie, le cricket, 2004, p.16)





ELEGIA D'UN NEN GUERRERO



SILVIA AIDA CATALÁN (ARGENTINA)


Al buit cauen, llàgrimes qual fulles
que l'arbre despullen amargs hiverns
transiten canals per altres marcades
en guerres traçades per adversos signes.


Ai, astres que donessin pronòstics petris
en arribar al món el teu plor primer
a qui per tebieses maternes coberts
canviar per gel el paisatge darrer.

Meditant al nen per llargs camins
famolenc a albors, assedegat el trobo.
Pidolant sols per abrigar refugis
missatger nen, jacent et trobo.

En braços et porto marcant meus hiellas
pàl lid sofrent, fràgil testimoni de freds perpetus
confinada presa per homes guerrers que semblen cecs
per tu i el teu iguals, lluita i causa despleguen les meves ales,
la universal bandera dels teus precs.

(In: Carícies per la meva ombra, poesies, El grill, 2004, p.16)





Elegie voor EEN KIND GUERRERO



SILVIA AIDA CATALAN (Argentinië)


Vacuüm vallen, die tranen laat
dat de bittere winters strip boom
Glens paspoort voorzien door andere
in kaart gebracht door elkaar in oorlog tekenen.


Oh, sterren die prognoses steen zal geven
om de wereld te bereiken van uw eerste kreet
lauwheid wie de moeder gedekt door
het landschap veranderd door ijs laatste.

Mediteren het kind voor lange reizen
hongerige bij dageraad, hongerig vinden.
Bedelen zolen die haven schuilplaatsen
boodschappenjongen, vind ik je ligt.

Bij het controleren van mijn armen Ik neem hiellas
lijden bleke, fragiele getuige eeuwigdurende koude
opgesloten in de gevangenis voor de bestrijding van mannen die lijken blind
voor u en uw collega's, vechten en ingezet omdat mijn vleugels
de universele vlag van uw gebeden.

(In: touch Voor mijn schaduw, poëzie, cricket, 2004, p.16)




Elegi For et barn GUERRERO



SILVIA AIDA CATALÁN (ARGENTINA)


Vakuum drop, der efterlader tårer
at den bitre vintre strip træ
Glens passerer præget af andre
kortlagt ved side i krigen tegn.


Åh, stjerner, der giver prognoser sten
at nå verden din første skrig
lunkenhed hvem moderen er omfattet af
ændret landskabet af is sidste.

Meditere barnet til lange transporter
sulten ved daggry, sultne finde den.
Tiggeri såler der havn krisecentrene
bydreng, jeg finder dig liggende.

I kontrollen mine arme jeg vil tage hiellas
lidelse bleg, skrøbelige vidne evig kulde
begrænset i fængsel for at bekæmpe mænd, der synes blinde
for dig og dine kammerater, kampe og indsat, fordi mine vinger
den universelle flag jeres bønner.

(I: røre For min skygge, poesi, cricket, 2004, s. 16)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MOMENTO DISCENTE: A IMPORTÂNCIA DE LER E ESCREVER- JULIANA DA SILVA MARQUES (BRASIL)*



Foto: Mayuko






A IMPORTÂNCIA DE LER E ESCREVER


JULIANA DA SILVA MARQUES (BRASIL)


A importância da leitura e da escrita hoje em dia em nossas vida é enorme, porque sem a leitura e a escrita ninguém poderá ter um futuro promissor.
Ao escrever as pessoas podem descobrir mais atividades ou diferentes modos de pensar. É muito bom e interessante ler e escrever, porque as pessoas podem aprender inúmeras coisas através da leitura e da escrita, inclusive interpretar com afinada qualidade.
É gratificante ler e aprender cada dia mais e mais, e com a leitura e a escrita, reelaboramos os nossos projetos de vida, por isso é muito importante ler e escrever.






ZNACZENIE czytania i pisania


JULIANA Marques da Silva (Brazylia)


Znaczenie czytania i pisania dziś w naszym życiu jest ogromna, bo bez czytania i pisania nikt nie mógł obiecującą przyszłość.
Kiedy ludzie piszący mogą dowiedzieć się więcej działań lub sposobów myślenia. To jest bardzo dobra i ciekawa, czytać i pisać, bo ludzie mogą nauczyć się wielu rzeczy w pisaniu i czytaniu, w tym w wyrafinowane jakości.
Jest to dla nas znaczy czytać i uczyć się codziennie więcej i więcej, czytania i pisania, przeprojektowany nasze projekty życia, więc bardzo ważne jest, aby czytać i pisać.





LA IMPORTANCIA DE LA LECTURA Y ESCRITURA


JULIANA Marques da Silva (Brasil)


La importancia de leer y escribir hoy en día en nuestras vidas es enorme, ya que sin la lectura y la escritura no se podría tener un futuro prometedor.
Cuando la gente que escribe puede encontrar más actividades o formas diferentes de pensar. Es muy bueno e interesante leer y escribir, porque la gente puede aprender muchas cosas mediante la lectura y la escritura, incluyendo jugar con una calidad refinada.
Es gratificante leer y aprender cada día más y más, y de la lectura y la escritura, rediseñado nuestros proyectos de vida, así que es muy importante leer y escribir.



L'IMPORTANCE DE LA LECTURE ET ÉCRITURE


JULIANA Marques da Silva (Brésil)


L'importance de la lecture et l'écriture d'aujourd'hui dans notre vie est énorme, parce que sans la lecture et l'écriture ne pouvait avoir un avenir prometteur.
Quand les gens d'écriture, on trouve davantage d'activités ou de modes de pensée différents. Il est très bonne et intéressante lecture et d'écriture, parce que les gens peuvent apprendre beaucoup de choses en lecture et en écriture, y compris en jouant avec une qualité raffinée.
Il est réconfortant de lire et d'apprendre chaque jour de plus en plus, et de la lecture et l'écriture, une refonte de notre projet de vie, il est donc très important de lire et écrire.


HET BELANG van lezen en schrijven


JULIANA Marques da Silva (Brazilië)


Het belang van lezen en schrijven vandaag in ons leven is enorm, want zonder het lezen en schrijven niemand kon een veelbelovende toekomst hebben.
Bij het schrijven van mensen kunnen vinden meer activiteiten of andere manieren van denken. Het is zeer goede en interessante lezen en schrijven, want mensen kunnen veel dingen leren door het lezen en schrijven, inclusief het spelen met een verfijnde kwaliteit.
Het is verheugend om te lezen en elke dag meer en meer te leren en lezen en schrijven, onze vernieuwde LIFE-projecten, dus is het zeer belangrijk om te lezen en schrijven.



IRAKURKETA ETA IDAZKETA GARRANTZIA


Juliana MARQUES DA SILVA (Brasil)


irakurtzeko eta idazteko gaur gure bizitzan duen garrantzia izugarria da, ez delako irakurtzeko eta inork ez etorkizun oparoa izan dezake idatziz.
Idazterakoan pertsona jakiteko gehiagori eman ahalko jarduerak edo pentsatzeko modu desberdina da. oso ona eta interesgarria da, irakurtzen eta idazten, jendeak gauza asko ikasi duelako eta irakurtzeko eta idazteko, kalitatea finduak jokatzen barne.
irakurri eta ikasteko egunero gero eta gehiago da atsegina, eta irakurketa eta idazketa, birmoldatu gure bizitza proiektu, beraz oso garrantzitsua eta irakurri, idatzi da.