terça-feira, 28 de dezembro de 2010

HOMENAGEM: CHARLES BERNSTEIN (U.S.A.)*



Foto: O poeta Charles Bernstein (U.S.A.)


DE"PARSING" (1976)


CHARLES BERNSTEIN (U.S.A.)


Tradução: Régis Bonvicino



was pealing an apricot
was pealing an american
was pealing a jug, sitting,
setting, the apricot
was pealing a fig
was pealing,
very sorrowful, she said,
in itself
was standing
was luminous
was a kirelian photoilumination
was beautiful
"it's more than that, than anything," ___ explained joyfully
& sat down
head bare,
& more than it
does not change
though its patterns
vary, recur
in illuminations
or occlusions, amid a
field, grid
the mind is
as
jug, fig, luminous
was aztec
was sock
was misplaced
hence polyhedron, figment,
lemon, limit
vagrancy
was a sign
was painted
was glassy
& slliped in it
Charles Bernstein
repicava um damasco
repicava um americano
repicava um jarro, sentando,
assentando, o damasco
repicava um figo
repicando,
com pesar, ela disse,
em si
estava de pé
estava luminoso
era uma fotoiluminação kireliana
estava lindo
"é mais do que isso, do que qualquer coisa" ___ explicou feliz
& sentou
cabeça nua
& mais do que isso
não muda
embora seus padrões
variem, recorrentes
em iluminação
e oclusão, em meio
ao campo, grade
a mente é
como
um jarro, figo, luminoso
era asteca
tipo soquete
estava perdida
daqui, poliedro, figmento,
limão, limite
ao acaso
era um signo
estava pintado
era vítreo
& esvaiu-se em si

In: http://regisbonvicino.com.br/catrel.asp?c=12&t=207







*CHARLES BERNSTEIN:Nasceu em Nova Iorque há 4 de abril de 1950. É um poeta, crítico, editor e professor. É um dos mais importantes membros da poesia contemporânea americana.



Go ahead, don't read any poetry.

You won't be able to understand it anyway:
the best stuff is all over your head.

And there aren't even any commercials to liven up the action.

Anyway, you'll end up with a headache trying to figure out
what the poems are saying because they are saying
NOTHING.

Who needs that.

Better go to the movies.


Vá em frente, não leia qualquer poesia.

Você não será capaz de compreendê-la de qualquer maneira:
a melhor coisa é tudo sobre sua cabeça.

E não há mesmo qualquer comerciais para animar a ação.

Enfim, você vai acabar com uma dor de cabeça tentando descobrir
o que os poemas estão dizendo, porque eles não estão dizendo
NADA.

Quem precisa disso.

Melhor ir ao cinema.