quarta-feira, 29 de setembro de 2010

HOMENAGEM: ANJOS DA GUARDA: LECI BRANDÃO - ao vivo happy hour 2009 mircmirc



Foto: Bandeira do Brasil


SALVE! SALVE! SALVE, LECI BRANDÃO!!!








ANJOS DA GUARDA


LECI BRANDÃO




Professores
Protetores das crianças do meu país
Eu queria, gostaria
De um discurso bem mais feliz
Porque tudo é educação
É matéria de todo o tempo
Ensinem a quem sabe tudo
A entregar o conhecimento
Na sala de aula
É que se forma um cidadão
Na sala de aula
Que se muda uma nação
Na sala de aula
Não há idade, nem cor
Por isso aceite e respeite
O meu professor
Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele




LOS ÁNGELES GUARDIANES


LECI BRANDÃO




Maestros
Protegiendo de los niños de mi país
Yo quise, mi gustaría
De un discurso muy más feliz
Porque todo es la educación
Es cuestión del tiempo entero
Enseñe a quién sabe todo
Para dar el conocimiento
En el aula
Es que se forma un ciudadano
En el aula
Eso mueve una nación
En el aula
Ningún hay edad, ni color
Por consiguiente acepte y respete
Mi maestro
Las manos de la palmada para él
Las manos de la palmada para él
Las manos de la palmada para él

sábado, 25 de setembro de 2010

HOMENAGEM: GRACIELA MATURO (ARGENTINA)*




Foto: pintura de Max Ernst- O Olho do Silêncio




HOMBRE DE MÁSCARA DE PÁJARO


Ante un cuadro de Max Ernst


El puñal se ha clavado
en el pie de la joven madre.
Puedo oír su gemido como gotas de sangre
entre nubes grises.


No me cautivarás
hombre de máscara de pájaro
jugador de dados enlutados.
No podrás destruir mi red de nube y sueño
ni convertir en polvo la rosa que me habita.
volatinero cruel de amarillas vestiduras
hechicero que esgrimes un látigo de violetas.
Tu voz enredaba mis cabellos
el gélido fuego de tus venas.
Tu canto encantaba mis oídos
con su seda de nardos.


Otro canto suena ahora desde las colinas
en el amanecer.
Una música hecha de luz,
un bálsamo sagrado.



HOMEM DE MÁSCARA DE PÁSSARO


ante um quadro de Max Ernst


O punhal se cravou
no pé da jovem mãe.
Posso ouvir seu gemido como gotas de sangue
entre nuvens cinzentas.

Não me cativarás
homem de máscara de pássaro
jogador de dados enlutados.
não poderás destruir minha rede de nuvem e sonho
nem converter em pó a rosa que me habita.
Equilibrista cruel de amarelas vestes
feiticeiro que esgrimes uma chibatada de violetas.
Tua voz enredava meus cabelos
ao gélido fogo de tuas veias.
Teu canto encantava meus ouvidos
com sua seda de nardos.

outro canto soa agora desde as colinas
no amanhecer.
Uma música feita de luz,
um bálsamo sagrado.

Do Libro: Poesía en Tránsito/Argentina-Brasil, 2009, pp-.72-3.
Tradução de Valéria Duque dos Santos



GRACIELA MATURO: Poeta y ensayista afincada sucesivamente en Paraná y en Mendoza y perpetua andariega, le tocó ser, además, una de las protagonistas principales de un momento decisivo para la interpretación profunda de la literatura latinoamericana en los ámbitos académicos argentinos, cuando mediante el buceo sistemático de su historia u de sus prouecciones se consiguió por fin revelarnos - en clave actual - toda su riqueza y la amplia y fecunda multiplicidad de sus significados. Docente universitaria de extensa trayectoria, investigadora de estudio referidos a ese tema, a sus importantes ensayos y libros de asedio suma un puñado de momorables poemarios ahincados en la impasible contemplación de los limites del hombre, en la ternura madurada en la soledad insoslayable.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

HOMENAGEM: SOLVEIG, HILDA MARIA INTERIANO CUEVA DE PAYÉS (HONDURAS)*




Foto: HILDA INTERIANO DE PAYÉS (HONDURAS)

SOLVEIG



A Solveig Ivarsson Green




SOLVEIG, una señora primorosa,

Bella como su “Sol de Medianoche”,

Lleva en su sonrisa candorosa

La alegría de la cual hace derroche.





Corazón de mil islas transparenta

El cristal de sus “fiords” inigualables.

El carisma de sus dones se aumenta

Con virtudes y modales siempre afables.




La conocí un día claro de verano

Cuando en busca de sol llegó a estos lares,

Creció nuestra amistad, como la de un hermano

Que pone luces ante sus altares.




Ahora, ella esté lejos de esta tierra,

Cultivando el rododendro en sus jardines,

Frente al lago azul, frente a la sierra

Y regalando al viento sus jazmines.




SOLVEIG



Para Solveig Ivarsson Green




SOLVEIG, uma senhora primorosa,

Bonita como seu "Sol de Meia-noite",

Leva no sorriso inocente

A alegria de quem transborda.





Coração de mil ilhas transparentes

O cristal s de "fiordes" inigualáveis.

O carisma dos seus dons se aumentam

Com virtudes e modos sempre afáveis.




Eu a conheci um dia claro de verão

Quando à procura de sol chegou a estes lares,

Cresceu nossa amizade, como a de um irmão

Que põe luzes diante dos altares




Agora, ela está longe desta terra,

Cultivando o rododentro em seus jardins,

Em frente ao lago azul, em frente à montanha,

E presenteando ao vento os seus jasmins








Poema: SOLVEIG


Autora: Hilda Interiano de Payes/ Marina de la Cueva - Honduras


Tradução ao Português: Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)



* HILDA MARIA INTERIANO CUEVA DE PAYÉS : Lugar y Fecha nacimiento: Ruinas de Copán, Honduras, 26 Septiembre, 1929. Es Hija Predilecta de Copán -: Desde la edad de doce años se trasladó con su familia a El Salvador. Comenzó a escribir poemas siendo niña y aunque tuvo un largo período de silencio, desde 1983 tomó nuevos bríos u ha sido constante en escribir sus poemas, sencillos, francos e inspiradores. Hasta la fecha, editados los siguientes poemarios: “ En Las Aristas del Cristal” 1989, patrocinado por Banco Salvadoreño. “Gritos del Alma” 1992. “ Luces en el Agua” 1993. “ Más allá Del Dolor – Más allá Del Amor” 1994, “Eterna Fortaleza” 1995, “Distancia en el Tiempo” 1997, “ Espera Silenciosa” 1998, “En Espejo de los Sueños” 2000, “Soy Gaviota”, lista para editar por el Banco Salvador, “ En El Silenco De La Noche” 2007, participa en numerosas Antologías, escribe sobre Turismo Rural en la Revista COMERCIO E INDUSTRIA, de la Cámara de Comercio e Industria de El Salvador, como miembro del Comité de Turismo. Es Conferencista y sostiene entre sus actividades lazos de PAZ. Participa además en forma comprometida de múltiples movimientos socio culturales a nivel internacional.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

HOMENAGEM: LAU SIQUEIRA (BRASIL)



Foto: Escultura de Augier


LUTA DE CLASSES



um menino
corre pelos becos
em busca do eco
no estômago vazio

outro menino
consome a infância
nos shoppings

ambos brincam
com o futuro


(poemas vermelhos – lau siqueira)




SIMULACRO


sempre tive esta
cara de lata disfarçada
na fumaça

mantenho minhas córneas
com exercícios abdominais
de visualização do mundo


puro como um búfalo
persigo o limite da miragem
na espreita do abismo


sou o que a poesia acode
quando flautam as brumas


em suma


(do livro, Texto Sentido. Lau Siqueira)



LEMINSKIAGEM





passo pelo mundo
ancorado numa coragem
que desconheço


sei lá de que lado está
meu avesso


(do livro Texto Sentido – Lau Siqueira)


PONTO SOMBRA







porque
tenho fé e cumpro
a sina de andar pelos dias

caminho entre milhas
de distância e lugar nenhum


costumo limpar os sapatos
e a garganta antes de cada passo
ou grito

escrevo


ainda que
em algum momento apenas
anote a placa do verso que

por mim passou voando

(do livro Texto Sentido – lau siqueira)



http://www.poesia-sim-poesia.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

HOMENAGEM: GERALDO CARNEIRO (BRASIL)*




Foto: Bandeira do Brasil



Foto: Geraldo Carneiro


O SOLIPSISMO

só lida
com sua sólida
solidão


Geraldo Carneiro, In: "Novo Planglossário."


OS FOGOS DA FALA


a fala aflora à flor da boca
às vezes como fogos de artifício
fulguração contra os terrores do silêncio
só espada espavento espelho
ou pedra ficção arremessada
ou canção pra cantar as graças
as virilhas as maravilhas da amada
a deusa idolatrada de amor:
essa outra voz quase jazz
que subjaz ventríloqua de si mesma


Geraldo Carneiro, In: "Folias metafísicas."





OS ANJOS NÃO TÊM SEXO



o sexo é o guarda-chuva da felicidade
a felicidade é o guarda-chuva do sexo
o guarda-chuva é a felicidade do sexo
o sexo é a felicidade do guarda-chuva
o guarda-chuva é o sexo da felicidade
a felicidade é o sexo do guarda-chuva


Geraldo Carneiro, In: "Almanaque de Espetáculos."













fortuna crítica

sonhou sonhos de poder & glória
pavoneou-se: espalhou jactâncias
pensou que era um profeta angelicaos
o penacho como um sol de solidão
no céu de deuses marginais;
foi morar no palácio do Parnaso
entre líricos & burlescos
nem penthouse pra lá de suas posses:
não passava de um novo-rilke


Geraldo Carneiro, In: "Desinvenção de Orfeu."



CONSPIRAÇÕES

alguma coisa se desprende do meu corpo
e voa
não cabe na moldura do meu céu.
sou náufrago no firmamento.
o vento da poesia me conduz além de mimo sol me acende
estrelas me suportam
Odisseu nos subúrbios da galáxia.
amor é o que me sabe e o que me sobra
outro castelo que naufraga
como tantos que a força do meu sonho
quis transformar em catedrais.
ilusões? ainda me restam duas dúzias.
conspirações de amor, talvez não mais.

GERALDO CARNEIRO: escritor, poeta, ensaísta, cronista, roteirista, tradutor, compositor e letrista de música popular. Como a arte, e especialmente a literatura e a música poetisaram a sua vida: nasceu em 1952, na cidade de Belo Horizonte, e em 1955 se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde mora até hoje.

Para Ler mais:
http://www.geraldocarneiro.com

sábado, 18 de setembro de 2010

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA



Foto: Jogos da CPLP




NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA



Alfabeto

Nova Regra-

Como Será:

O alfabeto é agora formado por 26 letra O "k", "w" e "y" não eram consideradas letras do nosso alfabeto.

Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano

Trema

Nova Regra

Como Será:

Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Acentuação

Nova Regra

Como Será:

Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico

Agora serão: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico


obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.

obs2: o acento no ditongo aberto "eu" continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

Nova Regra

Como Será:

O hiato "oo" não é mais acentuado: enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo.

Serão: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo

O hiato "ee" não é mais acentuados: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem

São assim: creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

Nova Regra

Como Será

Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo) para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)

Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo "poder" (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - "pôde") e no verbo "pôr" para diferenciar da preposição "por"


Nova Regra

Como Será

Não se acentua mais a letra "u" nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de "g" ou "q" e antes de "e" ou "i" (gue, que, gui, qui) argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique

Não se acentua mais "i" e "u" tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume

Hífen

Nova Regra

Como Será

O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por "r" ou "s", sendo que essas devem ser dobradas

ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico,
arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível

obs: em prefixos terminados por "r", permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

Nova Regra

Como Será

O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal

Era assim: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado

Fica assim agora:

autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.

Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.

Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por "h": anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Nova Regra

Como Será

Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.

antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico

anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico


obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen

obs2: uma exceção é o prefixo "co". Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal "o", NÃO utliza-se hífen.


Nova Regra

Como Será

Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição

Era assim:

manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento


Fica assim agora:

mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque, paravento


Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.


Observações Gerais

O uso do hífen permanece

Exemplos

Em palavras formadas por prefixos "ex", "vice", "soto" ex-marido, vice-presidente, soto-mestre

Em palavras formadas por prefixos "circum" e "pan" + palavras iniciadas em vogal, M ou N pan-americano, circum-navegação

Em palavras formadas com prefixos "pré", "pró" e "pós" + palavras que tem significado próprio

pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas palavras "além", "aquém", "recém", "sem" além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto

Não existe mais hífen

Exemplos

Exceções


Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais) cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

LANÇAMENTO: RENATA CORREA BOTELHO (AÇORES)-27 DE SETEMBRO DE 2010





Foto: Lançamento dia 27 de setembro de 2010




Foto: Renata Correa Botelho



O Grande Pássaro



no tempo de uma mão acontecem
vidas inteiras: a solidão, o milagre
do amor, corpos que se evadem
do papel e se aninham entre os dedos,
e respiram pela nossa boca
e engendram conosco monstros na noite.


até à página em que o grande pássaro
nos transporta, no silêncio do seu voo,
para a imensa hora azul, aquela linha
secreta do encontro das sombras,
e, num dizer mudo de asas, nos põe no colo
o livro onde, finalmente, viveremos.





PASSARINHO


é de ti, passarinho, que fala
esta música. espero-te à varanda
do meu quarto, num abismo
que se ergue do chão aos meus olhos
ainda baços. encontraste aqui,
como eu, a tua sombra, pajarinho

tú me despertaste, ensina-me a vivir
e vamos juntos, por aí, numa voz só,
entoando esta cantiga com os cavalos
bravos, fingindo a vida e logrando
a morte, recolhendo à terra,
passarinho, sem nada temer,

recolhendo à terra.




Renata Correa Botelho: nasceu em 1977, em Açores

sábado, 11 de setembro de 2010

LANÇAMENTO: GERALDO CARNEIRO (BRASIL)- CONVIDA-SE



Foto: Bandeira do Brasil




VAMOS PRESTIGIAR O POETA BRASILEIRO GERALDO CARNEIRO: A POESIA AGRADECE!





Foto: Novo livro de Geraldo Carneiro (Brasil), convite.


ABAIXO A REALIDADE

Poemas Reunidos
No próximo dia 15, acontece na Livraria Argumento do Leblon o lançamento e sessão de autógrafos do livro Poemas Reunidos, de Geraldo Carneiro. Na ocasião serão exibidos os filmes "Miragem em abismo", de Eryk Rocha, e "Rascunhos do tempo", de Jorge Brennand, sobre a poesia e os poemas do livro.


15/09 a partir das 19:00 Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro (Rua Dias Ferreira, 417)

www.geraldocarneiro.com
para contato@geraldocarneiro.com

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

HOMENAGEM: LURDES ESPÍNOLA (PARAGUAI)*




Foto: TULIPAS – Óleo s/tela, de Vanda Lúcia da Costa Salles (Brasil)


UMA MULHER É APENAS...


LURDES ESPÍNDOLA (PARAGUAI)

Uma mulher é apenas
essa que às vezes
faz crescer ( no lugar errado)
a dúvida
numa ênfase sem lógica,
o arrepio que devagar...Uma mulher impõe-se suavemente
com movimentos de peixe;
ela insinua-se nos teus sentidos e nas tuas palavras;
deixa um livro aberto entre os lençois
e uma camélia
de fogo nas tuas pernas.


* LOURDES ESPÍNOLA: Nacida en Asunción (1954), Paraguay. Tiene publicado diez libros. Elegida en 2005 la Poeta Extranjera del año en Francia.

http://www.portalguarani.com/obras_autores_detalles.php?id_obras=13183

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ARTES PLÁSTICAS: O PESCADOR DE VÊNUS- VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (BRASIL)




Foto: – O PESCADOR DE VÊNUS- Óleo s/tela-, de Vanda Lúcia da Costa Salles



O PESCADOR DE VÊNUS



Transpassa o peito curioso, na isca
de vida a espera
que o sonho seja e
imprima o tempo. Nessa
pele de outono: um pêssego
que Vênus mordisca
esfomeada... Em sedução!

sábado, 4 de setembro de 2010

HOMENAGEM: MARIO CESARINY ( PORTUGAL)*



Foto: Artes Plástica- Mario Cesariny





Foto: Mario Cesariny



HOMENAGEM A CESÁRIO VERDE


Aos pés do burro que olhava para o mar
depois do bolo-rei comeram-se sardinhas
com as sardinhas um pouco de goiabada
e depois do pudim, para um último cigarro
um feijão branco em sangue e rolas cozidas



Pouco depois cada qual procurou
com cada um o poente que convinha.
Chegou a noite e foram todos para casa ler Cesário Verde
que ainda há passeios ainda há poetas cá no país!





*MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS:Lisboa, 9 de Agosto de 1923 — Lisboa, 26 de Novembro de 200. Foi pintor e poeta, considerado o principal representante do surrealismo português.

A sua obra poética e teórica inclui Corpo Visível (1950), Manual de Prestidigitação(1956), Nobilíssima Visão (1959), As mãos na água a cabeça no mar (1972), Primavera Autónoma das estradas (1980), Burlescas, Teóricas e Sentimentais (1972), Titânia e a Cidade Queimada (1977), O Virgem Negra. Fernando Pessoa Explicado às Criancinhas Naturais & Estrangeiras (1989).
Nos últimos anos, Cesariny quase desapareceu da vida pública. Deixou de escrever poesia. Em 2004 saíu Autografia, um documentário de Miguel Gonçalves Mendes sobre o poeta e o homem. Em 2005 aceitou o Prémio Vida Literária da APE e foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O RAP DE VALÉRIA DE OLIVEIRA (BRASIL)*

Comunicação e arte
amplidão aperfeiçoando o
mundo abordo na
escrita o social e suas
vertentes. Só Arte
se criança é o fruto do
amanhã hojeagora precisa de
amor e compreensão
orientação
educação estruturada
e ser
um humano
melhor ser
não é nada fácil e ainda não é
me dizia Tião Nicomedes
em sua arte
Transformação
e possibilidades
Não só uma bolsa família
o crack ou a pinga
respinga inclusão social para não
ser apenas uma
palavrinha bonita
e sim
orgulho do ser
Um brasileiro sabe refletir
e tirar suas
conclusões
abram debates transmutação
Ação
é não ser ilha...


*VALERIA DE OLIVEIRA:


http://valeartenaveia.blogspot.com/