domingo, 11 de julho de 2010
LIVRO: NÚNCIA POÉTICA ( POESIAS) - VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
Foto: Capa do Livro NÚNCIA POÉTICA (poesias,com foto de óleo s/tela de Vanda Lúcia da Costa Salles)RJ:CBJE,2010.
Foto: Contra-capa do Livro NÚNCIA POÉTICA(poesias), RJ:CBJE,2010
Foto: Vanda Lúcia da Costa Salles, no Lançamento de seus livros
PALAVRAS DA AUTORA
A poética do mundo contemporâneo converge para
um coexistencialismo que aflora de uma consciência poética,
cada vez mais, dialógica.
E porque sabe que a vida deve estar
no centro do pensar humano, pulsa, em desejos de
conhecimentos e saberes causadores.
Assim é a minha poesia:
coexistencialista por essência, porque também reflete sobre a
questão do patrimônio histórico cultural como meio ambiente
que deve ser preservado, principalmente, o conhecimento e
o uso que se faz dele e de suas diferentes linguagens.
Esta "Núncia Poética" acossada, do centro da forma,
reivindica o Museu da Educação para o povo brasileiro.
V. L. da C. S.
NÚNCIA POÉTICA
VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES
Do caos
Essa núncia poética buquê
requer diálogo com o mistério do mundo
Da cosmovisão
só a flor, a folha úmida, as borboletas
e o livro aberto
De/vês restasse o som
e na possibilidade da mão
a escrita como capim verde
Na folha úmida larvas
pintassilgos, canário-belgas e ararajubas
uma rã coaxa a graça de um alecrim
e um ai em mim estala
Só a poesia busca a delicada semente
em um amante peito, creio
o cheiro da terra molhada espalha-se
em chuva olho-de-gato azul
No ar o infinito no céu de sua língua
preserva-se semente brota a evidência
do que é humano e falho.
Anseio no ser (d) escrever o valo de estrelas
na menina do olho n'água escorre
essa Luz/conhecimento
da energia concentrada e de um miosótis
vale a pergunta que inunca
o fruto aberto:
Se somente sabemos o que aprendemos no despertar...
Se Literatura pura não há...
O que há é um coexistencialismo estético
que co (n) vida a vida ao livre pensar
Será que uma compreensão, um toque
que toque nos reflexos mudaria o ato de pensar?
FUGA Nº 5
À JOSEFINA ARROYO - poeta argentina
Um rosto no caos da tarde
chora um poema
a chuva garoa cria os passos
as lágrimas fria
e Josefina,
no ímpeto das águas,
leve riacho sorri das intempéries e perambula
pelas ruas de Buenos Aires
Imagem viva e memória
de cafés literários, conheci
da pétala, a flor geme
fragrância/bálsamo e
a saudade inunda o instante relâmpago do
devaneio na beleza.
... E o som de tuas sábias palavras permanecerá em tempo
de possibilidades
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